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Neuromodulação

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Já ouviu falar em Neuromodulação?

 

Neuromodulação é um conjunto de técnicas terapêuticas que envolvem a aplicação de estímulos elétricos, magnéticos, químicos ou ópticos ao sistema nervoso para modular a atividade neuronal. Esses estímulos podem ser aplicados em diferentes partes do sistema nervoso, como o cérebro, a medula espinhal ou os nervos periféricos.

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A neuromodulação é usada para tratar uma variedade de condições neurológicas e psiquiátricas, como dor crônica, autismo, transtornos do humor, epilepsia, espasticidade, distúrbios do sono, entre outros. A técnica funciona alterando a atividade dos neurônios e dos circuitos neurais envolvidos na doença, melhorando os sintomas e a qualidade de vida dos pacientes.

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Alguns exemplos de técnicas de neuromodulação incluem estimulação cerebral profunda, estimulação magnética transcraniana, estimulação do nervo vago, estimulação da medula espinhal e terapia de luz pulsada. Cada técnica de neuromodulação tem suas próprias indicações, benefícios e riscos, e o uso delas deve ser realizado por profissionais de saúde qualificados e treinados!

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Uma técnica chamada TDCS:

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A TDCS (estimulação transcraniana por corrente contínua) é uma técnica de neuromodulação que envolve a aplicação de uma corrente elétrica fraca e contínua no cérebro por meio de eletrodos posicionados na superfície do couro cabeludo. A corrente elétrica pode aumentar ou diminuir a excitabilidade dos neurônios na área alvo, dependendo da polaridade da corrente aplicada.

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A TDCS é uma técnica não invasiva e segura, o que a torna uma opção atraente para pesquisa e aplicação clínica. Alguns dos possíveis usos da TDCS incluem melhorar o desempenho cognitivo, modulação comportamental, tratar a depressão, a ansiedade e a dor crônica, bem como auxiliar na reabilitação neurológica após um AVC ou lesão cerebral traumática!

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Os efeitos da TDCS dependem da localização dos eletrodos, da intensidade e duração da corrente elétrica, bem como da frequência das sessões de estimulação.

 

TDCS e Autismo

 

A neuroestimulação tem sido estudada e aplicada para o tratamento de muitos sintomas envolvidos nas alterações do neurodesenvolvimento, incluindo autismo.

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Alguns dos sintomas do autismo que foram alvo de pesquisas envolvendo a neuroestimulação incluem a redução de comportamentos repetitivos e estereotipados, melhora na comunicação e na interação social, redução da ansiedade, melhora na atenção e no controle de impulsos.

É importante lembrar que o autismo é um transtorno complexo e que exige intervenção interdisciplinar. A TCDS tem se mostrado mais uma boa ferramenta no processo de neuroestimulação!

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Nós, da Neurodesenvolvendo, continuamos de mãos dadas com a ciência!

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TDCS e TDAH

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A estimulação transcraniana por corrente contínua (TDCS) tem sido utilizada como uma opção de tratamento para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

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Alguns estudos sugerem que a TDCS pode ser eficaz na melhoria da função cognitiva, incluindo atenção, memória de trabalho e controle inibitório em indivíduos com TDAH. Um estudo de revisão sistemática publicado em 2020 analisou sete estudos clínicos randomizados que avaliaram os efeitos da TDCS no TDAH e concluiu que a TDCS pode ser uma opção de tratamento segura e eficaz para melhorar sintomas de inatenção, impulsividade e hiperatividade em indivíduos com TDAH.    

                                                 

TDCS e linguagem

 

A estimulação transcraniana por corrente contínua (TDCS) tem sido investigada como uma opção de tratamento para melhorar a linguagem em pacientes com diversas condições neurológicas que afetam a comunicação, incluindo afasia, transtorno do espectro autista (TEA) e distúrbios da linguagem em crianças.

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Os estudos sugerem que a TDCS pode melhorar a fluência da fala, a compreensão da linguagem e a capacidade de nomear objetos em pacientes com afasia. Por exemplo, um estudo publicado em 2019 investigou os efeitos da TDCS em pacientes com afasia crônica e encontrou melhora significativa na fluência da fala e na compreensão da linguagem.

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A TDCS também tem sido investigada como uma opção de tratamento para melhorar a comunicação em pacientes com TEA. Um estudo publicado em 2017 investigou os efeitos da TDCS em adultos com TEA e encontrou melhora significativa na comunicação social e na cognição social.

Além disso, a TDCS tem sido investigada como uma opção de tratamento para melhorar os distúrbios da linguagem em crianças. Um estudo publicado em 2020 investigou os efeitos da TDCS em crianças com distúrbios da linguagem e encontrou melhora significativa na compreensão da linguagem e na produção verbal.

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Vale lembrar que a TDCS não é uma cura para essas condições e não substitui outras formas de tratamento, como terapia da fala e terapia comportamental!

 

Como fazer a TCDS em crianças?

 

Para manter uma criança colaborativa durante o procedimento, é importante que ela esteja confortável e sinta-se segura. Algumas dicas que podem ajudar incluem:

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  1. É importante explicar o procedimento à criança antes de começar e responder a quaisquer perguntas que ela possa ter. É importante que a criança se sinta confortável e saiba o que esperar.

  2. Deixar a criança manusear o material, o instalar em brinquedos, nos pais ou no aplicador pode deixar a criança segura. Vamos dar ludicidade ao procedimento!

  3. Incentivar a criança a relaxar: Ajude a criança a relaxar antes do procedimento. Isso pode incluir a leitura de um livro, contar histórias, ouvir música suave ou praticar exercícios de respiração.

  4. Oferecer distrações: Pode ser útil oferecer distrações para a criança durante o procedimento, como um brinquedo ou um vídeo educativo. Isso ajudará a mantê-la concentrada e calma.

  5. Garantir a entrada de um acompanhante durante o procedimento. Isso pode ser os pais, responsável ou outro adulto de confiança da criança que possa ajudar a mantê-la confortável e tranquila.

 

 

Curiosidades sobre a TDCS

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Aqui estão algumas curiosidades interessantes sobre a TDCS:

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  1. Origem histórica: A estimulação elétrica do cérebro existe desde o século XVIII, quando o italiano Luigi Galvani fez experimentos com a eletricidade no corpo humano. No entanto, a TDCS como técnica moderna surgiu na década de 1960.

  2. Variedade de efeitos: A TDCS pode ter uma variedade de efeitos no cérebro, dependendo da área estimulada. Por exemplo, a estimulação do córtex pré-frontal pode melhorar a memória de trabalho, enquanto a estimulação do córtex motor pode melhorar o desempenho motor.

  3. Técnica não invasiva: A TDCS é uma técnica não invasiva, o que significa que não há necessidade de cirurgia ou anestesia. Isso torna a TDCS uma opção mais segura e acessível do que outras técnicas de estimulação cerebral, como a estimulação magnética transcraniana (TMS).

  4. Amplamente estudada: A TDCS tem sido amplamente estudada em uma variedade de condições neurológicas, incluindo depressão, dor crônica, doença de Parkinson e esquizofrenia.

  5. Possível uso na educação: Alguns estudos sugerem que a TDCS pode melhorar o desempenho em tarefas educacionais, como a aprendizagem de línguas estrangeiras. Esses resultados ainda precisam ser replicados em estudos maiores e mais robustos.

  6. Possíveis riscos: Embora a TDCS seja considerada uma técnica segura quando realizada por profissionais qualificados, ela apresenta alguns riscos pouco comuns, como dor de cabeça, tontura e náusea. É importante discutir os riscos e benefícios da TDCS antes de realizar a estimulação.

  7. Possíveis aplicações futuras: A TDCS está sendo investigada como uma possível ferramenta para melhorar o desempenho atlético, a criatividade e a tomada de decisões. No entanto, mais pesquisas são necessárias para avaliar a eficácia e segurança dessas aplicações potenciais.

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